Em meio a tantas manifestações, não se
pode deixar de fora o dilema mais complexo na discussão de gêneros: o
feminismo. Apesar de saber que o tema nos leva a diversos embates de opinião,
sabe-se que é indispensável não falar sobre ele. Fugir de assuntos
sérios, não cabe a ninguém. Portanto, aqui vai uma pequena reflexão sobre os
aforismos do feminismo cibernético e/ou militante. Um exemplo do contraponto
que desejo abordar é o grupo Femen (acesse
para saber mais aqui) que
se considera deveras militante, mas que, por tanto extremismo, acaba revelando
somente um lado da luta feminista.
Há algumas semanas, o site Como eu realmente... divulgou
duas tirinhas que moveram um extenso debate acerca do tema. A idealizadora do
site se considera uma feminista “de carteirinha”, mas sabe que é preciso haver respeito
na diferenciação quanto à forma de luta que cabe a cada movimento. Numa
tentativa de mostrar que, além dos “gritos” e euforia, o feminismo se enquadra
numa luta de respeito a ambos os gêneros envolvidos e pode ser invocado a
partir de uma forma mais suave e sucinta. Dependendo de como a pessoa queira se
portar.
Ao contrário do que havia tentado
transmitir, as tirinhas deixaram revoltadas as feministas mais extremistas autointituladas
de “Feminazis” – numa elucubração ao Nazismo (por quê?).
O ponto que se deve tomar em primeira mão
é desmistificar a existência da dicotomia que tanto nos leva a discutir: o
feminismo versus o machismo. Por
isso, vale se informar quanto ao conceito de cada um. Primeiro: feminismo é a
luta pela igualdade de gênero, não que homens e mulheres são iguais quanto às
formas físicas e aí o tipo de trabalho ser igual, mas no respeito que um tem ao
outro. Segundo: machismo é a dominação do gênero masculino sobre o feminino.
(Para ler mais acesse aqui.) Agora com todos sabendo
que um conceito não agride o outro, podemos entrar na discussão de fato. Há
quem prefira continuar lutando através da voz e gritar (G R I T A R mesmo) aos
quatro cantos que é feminista “com muito orgulho, sim, senhor” e mostrar os
seios é a forma menos entediante de protestar. Quanto as feministas como eu,
cibernéticas por direito, que agem como mulheres sinuosas e que não veem
deformação quanto ao conceito feminista quando se vestem, riem, dançam, se
depilam e outras coisas mais, ainda estamos protestando.
O que é preciso entender é que o respeito
deve começar dentro do próprio debate. Eu não tenho o direito de agredir alguém
pelo simples fato de não concordar com sua forma de manifestação e não posso
reclamar do outro (nesse caso, outra) que se sente contente ao mostrar seus
seios (afinal, todo mundo tem mamas) em protesto.
As “Feminazis”
que me perdoem, mas eu continuo protestando sabendo até onde eu posso ou não agredir alguém; respeito toda forma de protesto, mas, como feminista, não me sinto obrigada e
ser tão tirânica quando não permito que um homem se envolva nos assuntos feministas,
como muitas pensam. A real luta
feminista já foi conquistada, visto que temos direito ao voto, podemos estudar,
trabalhar, ser mãe, filha, irmã, tia etc. sem nos sentir “Amélias”. O que
lutamos agora é para continuar conquistando espaço dentro da cultura patriarcal
onde evoluímos.
Não boto
comida no prato de homem nem a pau!
Nenhum comentário:
Postar um comentário