Cortar o tempo

a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente.
O Post de hoje é dedicado a Laysla, liiih, Beatriz, Beatriz (push, Kamyla, Allice, Evellyn, Ellen, Ilmaara, as anônimas e as demais que eu 'esqueci' de citar (me perdoem, cito no próximo) que sempre tão por aqui *-*

Marcos: Veio me visitar, flor? – ele me deu um beijinho no rosto.
Carol: E você é meu namorado, por acaso? --'
Marcos: Bom... – ele deu um sorrisinho safado ¬¬ – Não, sou não.
Carol: Então você já sabe a resposta, né? – eu dei um sorrisinho cínico pra ele – E o Pedro, onde é que ta?
Marcos: Ta lá no fundo, 'péra' que eu vô chamar. – ele continuou com o mesmo sorrisinho e foi lá pros fundos da locadora, daí a pouco o Pedro apareceu.
Pedro: Oi linda! – ele me beijou – Tava saindo pra ir te buscar no colégio, quê que foi? :)
Carol: Nada não, Pedro. Nem fui pro colégio hoje, vim aqui porque não consegui falar contigo – eu dei um beijinho nele –. Tava com saudades, sabia?
Pedro: Só você? – nós rimos, daí ele pediu pra eu esperar um pouco, e foi falar com o Marcos.
Eles conversaram sobre não sei o que, riram e depois o Pedro voltou.
Carol: Que foi? – ele voltou e me abraçou.
Pedro: Nada, não. Ele vai ficar aqui, enquanto a gente almoça. :)
Carol: Hm. – nós fomos pro carro, e foi me contando de um filme que ele e o Marcos tinham assistido na locadora. – Pedro, o Marcos trabalha na locadora?
Pedro: Trabalha, por quê?
Carol: Nada. É que vocês parecem ser tão amigos...
Pedro: Somos mesmo. Andamos juntos desde o primeiro ano, ele é um dos meus melhores amigos... – ele sorriu – Ah é, você tem que conhecer o Matheus. Melhor pessoa que eu já conheci, confio a minha vida nele! :D
Carol: Ah. :) – eu não podia acreditar em como o Pedro podia considerar como melhor amigo, um cara daqueles. Cheguei ter um arrepio, só de pensar em quando o Pedro descobrisse o quão traíra o Marcos era. Decidi não contar aquelas 'saliências' dele, e fiquei bem quietinha. :l
Nós fomos prum restaurante muito bom, no shopping. Almoçamos, andamos uns dez minutinhos por lá, e já estavamos indo pro estacionamento, quando o Pedro falou:
Pedro: Linda, que tal a gente passear, antes de ir? :)
Carol: Passear, amor? Onde?
Pedro: Ah, sei lá. To afim de andar um pouco...
Carol: Ta bom :) Vamos!
Nós saímos do shopping de mãos dadas, e logo vimos uma pracinha linda e cheia de árvores, então resolvemos ir pra lá. :) Fomos andando lentamente pela praça, parando vez ou outra para sentar nos banquinhos e namorar ;D
Ele sempre era perfeito, em tudo o que dizia ou fazia. Ele dizia "eu te amo" no meu ouvido, de um jeito que até hoje não sei explicar como exatamente mexia comigo. Eu deitei no banco e pus a cabeça no colo dele, enquanto ele acarinhava meus cabelos, me olhando com um charme irresistível. Eu queria dormir ali, no colo dele. Mas resolvi que não o faria, decidi aproveitar cada segundo daquele momento perfeito, que só o Pedro sabia me proporcionar. :)
Ele me contou que a mãe dele havia adorado o domingo que passamos juntos, e que estava louca pra sairmos de novo. Eu contei pra ele o quão minha família havia mudado, principalmente meu pai. Contei tudo o que ele me disse, e tudo o que eu disse a ele, e a alegria que eu estava sentindo. Ele me deu um sorriso lindo, e depois me beijou.
Nós ficamos ali por um bom tempo, nos olhando, até que decidimos ir. Fomos andando por outro caminho, mais comprido ( só pra aproveitar mais o nosso tempinho juntos ), até que vimos uma daquelas feiras de artesanato, e decidimos parar pra ver. Chegamos na barraquinha de uma senhora simpática, que sorria o tempo todo. O Pedro olhou todas atentamente, então pegou uma roxa e uma azul, as duas com um coraçãozinho no meio, e disse que ia levar.
Senhora: É pra ela? – ela perguntou pro Pedro, sorrindo, e apontou pra mim.
Pedro: Aham – ele sorriu pra nós duas – E essa é pra mim.
Senhora: Vocês são namorados? – nós assentimos com a cabeça, e ela sorriu – Que bom! Se vocês quiserem, moço, eu posso bordar a letra do nome de vocês, nos corações. Fica liindo!
Pedro: Sério? Que legal! – ele sorriu – Eu adoraria!
Carol: Eu também! – sorri pra ela também, ela estava tão feliz, que parecia até que a pulseira seria pra ela.
Então ela bordou um C na pulseira azul, e um P na roxa. Ficaram lindas, parecia que tinham sido feitas pra gente. O Pedro sorriu, pegou a pulseira roxa e prendeu no meu pulso ( tenho essa pulseira até hoje, ela me trás "vibrações" tão boas... ), e eu pus a azul no pulso dele, depois o beijei. A senhora parecia que tinha acabado de nos casar, e não aceitou quando o Pedro tentou pagá-la.
Senhora: Imagina, meu filho. Vocês dois são pessoas tão bonitas, um pro outro. – ela nos olhou feliz – Pode ficar com as pulseiras. É um presente meu!
Nós sorrimos e fomos embora, felizes pelo presente. Fomos pegar o carro no estacionamento --' e felizmente não demoramos \o/ Ele me deixou em casa, nos despedimos ( com um beijo, pra variar ;9 ), e ele voltou pra locadora. Entrei em casa e corri pro pc, e entrei no meu tão amado msn. *o*
O Pedro não estava on, então fui conversar com a Marina, e contar toda a historinha do dia :D ( nós já havíamos passado do estagio coleguinhas, pro bests de verdade! ). Contei pra ela, nos mínimos detalhes, e ela tava morrendo pra ver a pulseira, então convidei ela pra ir em casa.
Ela ficou felicíssima, e disse que só ia tomar um banho rápido, e já desceria lá em casa ( ela morava umas ruas acima da minha casa, e eu já havia explicado trocentas vezes como ela chegaria lá ). Ela saiu do msn rapidinho, e daí um tempo o Pedro entrou. Nós conversamos rápido, porque ele disse que tinha um bando de gente pra atender, e logo saiu , então eu fui tomar banho. :)
Alguns minutos depois a campainha tocou, e a Mari me chamou. Como eu estava no banho, pedi pro meu irmão ir atender. Ele reclamou que não era meu empregado -.- e foi. Eu saí do banho rapidinho, e fui me trocar pra ir falar com a Mari. Quando eu desci, encontrei as duas maritacas no maior papo, e eles nem ligaram pra mim. --'
Carol: Ah, então é assim, dona Marina? – eu fiz pose e olhei pros dois – Vai dar mais atenção pra esse ai, que pra sua amiga do peito? – nós rimos eu mostrei a língua pra eles.
Bruno: Fala sério Carol, tamo num papo tão firmeza... SUAHSUAHSUAHS' – ele mostrou a língua pra mim e levantou – Deixa Mari, depois a gente se fala. Vai logo com essa chata aí!
Carol: Mari? Que intimidade é essa? HSUASHAUSHAUH'
Eu taquei uma almofada nele e levei a Mari pro um quarto.
Carol: Marina, como você pôde fazer isso, sua ruim?
Mari: Ah, nada a ver Carol! :$ – ela sorriu e sentou na minha cama.
Eu corri e peguei a pulseira pra ela ver, e contei nos mínimos detalhes o que a gente fez e falou ( apesar de ter feito a mesma coisa por msn :D ). Ela ficou doida com o que eu contei, e toda hora dava uns gritinhos :D
Já era de noite quando ela resolveu ir embora, então pedi pro meu irmãozinho queriiido levar ela, enquanto eu adiantava o jantar pra minha mãe. Ele demorou uma eternidade, depois voltou vermelho ô.O e foi tomar banho.
Meia hora depois, minha mãe e meu pai chegaram juntinhos e alegrinhos *-* Ela terminou o jantar e nós fomos jantar, felizes e sorrideentes *o* Realmente, nós tínhamos mudado ( pra muito melhor :D ).
Já eram quase dez horas quando o Pedro me ligou.
Pedro: Oi linda! Tudo bom? :)
Carol: Melhor agora, lindo! Fazendo o quê?
Pedro: Ainda tô aqui na locadora, mas meu pensamento tá só em você! *-*
Carol: Aaaah, ta!
Pedro: AUHSAUSHAUSHASUH' Nossa, você não acredita mais em mim?
Carol: Claaaaaaro. :D
Pedro: Vou fingir que não percebi essa sua ironia, Caroline! – ele riu e depois falou – E você, fazendo o quê?
Carol: Ah, tava indo dormir, já.
Pedro: Dormir?
Carol: É. :)
Pedro: Ai, te atrapalhei, então? :/
Carol: Você nunca atrapalha.
Pedro: Oooin *-*
Carol: SHAUSHAUSAHSUAHSUH' :)
Pedro: Então ta, linda. Dorme sim. Só queria ouvir a tua voz...
Carol: Ooun *----* Fica passeando não, ein?!
Pedro: Pode deixar, patroa. Vou direto pra casa. :D
Carol: Isso mesmo. Daqui a pouco ligo pra minha sogra, pra ver se você demorou.
Pedro: Nossa, fala sério! – nós rimos, nos despedimos e desligamos.
Aquela semana passou toda feliz, eu e o Pedro nos vimos quase todos os dias, e a cada vez que nos encontrávamos, ele me surpreendia de alguma forma. Era perfeito estar com o Pedro, falar com o Pedro, olhar para o Pedro... Cada pedacinho da gente se entendia, e as vezes dizíamos zilhões de coisas em um simples olhar, um simples sorriso... *-*
A semana seguinte também se passou, e a minha vida estava cada vez melhor. Meus pais estavam se dando muuito beem. *-* O Pedro era um amorzinho ( como sempre :D ) e, pra minha surpresa, até o Bruno havia mudado Ele vivia me paparicando e fazendo gracinhas, suuper brother :o
Tudo ia bem, até que chegou O dia. Era uma terça-feira, e nós comemorávamos um mês de namoro. O Pedro não havia me ligado de manhã, como costumava, então já levantei 'fula' da vida, e fui pro colégio. Lá eu contei pra Mari, e ela disse que ele podia muito bem não ter esquecido nada, e estava apenas fazendo um suspensezinho, e eu concordei ( concordei mais pra não me magoar com ele, do que por acreditar mesmo ).
Mari: Calma, Carol! Tenho certeza que ele vem te buscar na saída, pra vocês comemorarem!
Carol: É bom que você esteja certa, Mari. Se não eu MATO o Pedro! :@
A aula demorou uma eternidade, mas por fim, acabou. Eu e a Mari corremos feito doidas pra chegar na saída, e quando saímos, nada de carrinho vermelho
Eu devia estar vermelha como um pimentão, porque a Mari me olhou assustada e falou:
Mari: Calma, amiga! Eu conheço o Pedro, sei que ele não faria isso com você!
Carol: Ah, não ta parecendo, Mari! – eu queria cair ali mesmo e chorar, de tanta raiva. Ahh, o Pedro não podia fazer isso comigo, não depois de tudo o que a gente tinha vivido. :@
Eu me despedi dela e fui pro ponto, com uma raiva enorme do mundo. Cheguei lá, encostei num canto e fiquei remoendo a minha raiva, quase chorando. De repente, encosta um carro vermelho do meu lado, e buzina.
Menino: E aí gatinha, rola um sentimento? – era o Pedro. Nossa, tirou um pesão de cima de mim. Eu disfarcei o choro e entrei no carro.
Carol: Ta fazendo o quê aqui? -'
Pedro: Ué, vim buscar a minha namorada pra gente passear, que tal? :D
Carol: Hm, legal .-.
Pedro: Que foi, linda?
Carol: Nada Pedro. Vamos logo!
Pedro: Sei. – ele me fez uma cara desconfiada e ligou o carro. – Vamos então! :)
Nós fomos num restaurantezinho simples, perto do centro. Almoçamos normalmente, como se aquele fosse um dia normal. Eu já tava irritada até os cabelos, e ele com aquela cara de paisagem
Carol: Pedro, vamo embora logo!
Pedro: Calma linda, vamos curtir o momento! :)
Carol: Eu não quero curtir, eu quero ir embora! :x
Pedro: Aii, que chata que você é! – ele apertou as minhas bochechas – Mas linda, antes eu tenho que passar no sitio de um amigo meu, pode ser?
Carol: Vai sozinho... --'
Pedro: Vou nada. O caminho não é nem perto da sua casa, e eu combinei de encontrar com ele daqui a pouco... – ele fez uma cara de tristinho, e se agarrou na minha cintura.
Carol: Aff, Pedro! :x – eu tava morrendo de raiva, realmente. Mas como eu iria gastar até os joelhos de tanto andar até em casa, eu aceitei – Ta, ta. Vamos!
Pedro: Aêê! – ele me deu um selinho e me puxou pro carro.
Nós fomos em direção á estrada, que estava quase vazia ( devia ser uma ou duas da tarde ). De repente foi me batendo um sono enooorme, que parecia que eu não dormia a meses... Daí eu apaguei. :o
Até a próxima meninas ♥