Meninas, não tá dando pra postar aqui :\ mas espero que o feriado ajude! Obrigada pela paciência de vocês. Beeijos.

vou fazer o impossivel pra postar amanhã!

Livro: Avalon High - Meg Cabot / Parte 5

Capa feita por Kelly - Para o concurso BSPM CAPAS.


Capítulo 5

Um arco-disparado de sua resisdência - beira;
Percorre entre os maços de cevada;
O sol veio deslumbrando as suas saídas;
E inflama em cima do latão gravado;
Do Audaz Sir Lancelot


Peguei o ônibus escolar no outro dia. Não era tão mau quanto eu pensou que ele fosse. A Liz, a menina da pista que vive perto de mim, me esperava na parada, então começamos conversar, então acabamos sentando uma do lado da outra.
A Liz vestia um grande suéter. Percebi imediatamente que ela não tinha um namorado nem uma carteira de motorista ainda.
Soube que nossa amizade baseou-se nos dois últimos fatos.
Eu não mencionei a Liz sobre A. William Wagner ter me visitado depois da escola no dia anterior, então permaneceu para jantar. Só para não parecer que estava me vangloriando. E para outro, bem, Liz pareceu realmente gostar de conversar sobre as pessoas da escola, e eu me convenci que não seria bom sair espalhando isso por aí. Que Will tinha ido à minha casa, eu quero dizer.
Recebi uma idéia muito boa, aliás, que era uma coisa ruim quando fechei meu armário alguns tempos mais tarde e vi Jenniffer Gold ao lado dele, não parecendo muito feliz.
"Ouvi dizer que Will foi à sua casa para jantar ontem à noite," Jennifer disse, numa voz distintamente fria.
Desde que eu não tinha contado qualquer um que Will tinha ido lá, soube que a visita era cortesia dele. A menos que Jennifer tenha espiões na minha vizinhança, ou algo assim, o que me pareceu improvável.
Então acabei dizendo, perguntando-se por que garotas baixas como Jennifer sempre ficam os namorados mais altos, ao posto que para girafas como eu sempre ficam com os mais baixos, "Sim. Foi."
Mas Jennifer não disse o que eu esperei que fosse dizer. Ela não disse, "Bem, ele é meu namorado, então caia fora," nem "Se você olhar para ele outra vez, você é uma mulher morta.".
Em vez disto ela fez uma pergunta: "Ele disse algo sobre mim?".
Olhei para Jennifer, queria perguntar se ela, como seu namorado, também sofria de algum tipo leve de psicose — só que em seu caso, não por gostar de mim.
Pareceu suficientemente sã em seu conjunto rosa claro de malha de algodão e capris. Mas é difícil julgar alguém pelo jeito como se vestem. As líderes de torcidas na minha antiga escola vestiram-se totalmente normal, mas algumas delas eram meio loucas.
"Hum," disse. "Não"
"Ou Lance"? Os olhos perfeitamente maquiados de Jenniffer estreitaram-se.
"Disse algo sobre Lance"?
"Só," disse, "que os dois navegaram no litoral neste verão. Por que"? Mas Jennifer não respondeu minha pergunta. Apenas saiu "Bom," disse parecendo aliviada.
Então foi embora. Mas Jenniffer Gold não era a única pessoa que me perguntou sobre Will nesse dia.
Sr. Morton, meu professor de Acesso Mundial, anunciou que para nosso primeiro projeto de nona-semana, ele designava a cada um de nós estudar um poema e então entregar um relatório oral sobre ele. Na frente da classe inteira. O relatório equivaleria a vinte por cento da nossa nota nota do semestre, e tem que incluir materiais secundários críticos da fonte.
Como se isso não fosse suficientemente ruim, ele também designava-nos a trabalhar em duplas.
Ele nos dividiu em duplas.
Quando eu recebi o nome do meu par, levantei as minhas sobrancelhas. Porque o nome do meu par era Lance Reynolds.
O que não pareceu possível, desde que ontem eu não tive qualquer aula com ele.
Quero dizer, afinal de contas, ele era um ano mais velho que eu, como Will.
Mas suficientemente seguro, quando virei, estava no fundo da sala. Olhava o erro no papel distribuído pelo Sr. Morton, sua testa loura se franziu como se tentando compreender quem era Elaine Harrison.
Quando dei uma olhada para cima e fiquei olhando ele, eu levantei o papel e pensei "Sortudo você".

Ele não reagiu como eu esperava que um jockey, que tenha sido designado à fazer um trabalho com uma menina novata e alta demais.
Em vez de rir com dissimulação ou mesmo somente assentir, virou uma sombra profunda e marrom.
Era espécie de interesse em me observar, realmente. Então Sr. Morton nos deu um poema, nosso poema. O nosso era Beowulf.
O meu coração afundou quando eu vi. Odeio Beowulf quase tão muito quanto eu odeio Jeopardy!
"Certo, pessoal," Sr. Morton disse, com acento no seu sotaque britânico. "Conversem com seu par e cheguem a decisão de como gostariam de aprofundar-se em seu tema. Quero seus esboços na minha escrivaninha sexta-feira".
Levantei-me e fui onde Lance estava sentado, desde que não parecia possível ele vir até mim. Fingia que ele não me via, desarrumou os livros ao seu redor quando deslizei na escrivaninha vazia em frente a sua.
“Olá," disse, numa voz falsa, como num comercial. "Sou Ellie, e eu serei sua dupla no projeto este semestre". Desarrumou, embora. Tinha tentado de fingir como ele não sabia quem eu era. Mas de qualquer maneira, "Sei," escorregou dentre os seus lábios, e ele ficou vermelho.
Isto era fofo e interessante. Eu não posso me lembrar de ter feito um garoto ficar rubro antes. Perguntei ao que Lance tinha ouvido sobre mim, fiz reagir meio envergonhado.
"Eu... a vi naquele dia," gaguejou, no meio da explicação. Ele não parece o tipo de garoto que gagueja freqüentemente. "No dia do parque.".
"Oh sim," disse, como eu só tinha me lembrado do incidente agora. "Certo."
"Will jantou na sua casa ontem à noite," Lance disse. Cuidadosamente.
Cuidadosamente demais, pensei. Como se ele jogasse verde pra colher maduro. "Sim," disse. Perguntei-me se ele como Jennifer, ia perguntar se Will tinha falado sobre ele.
Mas ele não perguntou.
"Então," Lance disse. "Beowulf, hum?"
"Sim," eu disse. "Odeio Beowulf".
Lance me olhou surpreso. "Você já leu algo dele?".
Compreendi que devo ter soado como uma ignorante. Quero dizer, era suficientemente ruim eu mesma não gostar de Literatura Mundial.
É um eletivo, abre a qualquer um em qualquer nível que é interessado — ou que necessita um crédito extra de humanidades, como Lance evidentemente fez. Era mesmo pior que eu já leria a maioria dos livros do plano de ensino. Por conta própria. Porque são todos os mesmos livros que estão nas estantes de livros dos meus pais, e como eu não tenho vida social, então…
Não querendo admitir isto, no entanto, eu acabei dizendo apressadamente, "Bem, sim. Meus pais são professores. Estudos medievais. O Beowulf é espécie de coisa.".
Estava falando, então vi uma criança magrinha de colarinho com óculos, sentando-se em uma escrivaninha com livros, olhando-nos com muita intenção. Quando ele me viu parar me deu uma olhada meio estranha, e disse: "Triste, mas… ouço dizer que garotas, como você, gostam de Beowulf?"
"Sim," disse, dei uma olhada sobre em Lance, que fitava a criança com estreitar olhos. Reconheci o olhar. Era a espécie de olhar o popular meio impopular — como Lance não pode acreditar que Pescoço Magrinho tinha tido o trabalho de falar a ele.
"Então o que?" Pescoço magrinho deu uma olhada nervosamente no seu par, igual criança nerd - "olha.
Nós amamos Beowlf” ele disse, sua voz aumentou um pouco mais na oitava sílaba.
“Sim,” seu par concordou “Grendel tem razão”.
Supus que Grendel governaria um grupo de rapazes que, na Idade Média, provavelmente não teriam passado de cinco anos de idade por que inaladores não tinham sido inventados ainda, nem coisa parecida.
"O que você recebeu?" Perguntei à Pescoço Magrinho, me referindo ao poema que ele recebeu.
"Tennyson," Pescoço Magrinho disse, não fazendo nenhum esforço esconder seu descontentamento.
Recuei. "Não A Senhora de Shalott," disse, com horror.
"Sim," Pescoço Magrinho disse. Ao ver minha expressão, ele acrescentou, "é curto mais Beowulf.".
"Triste," disse, vendo onde isso foi parar. "Não poder fazer nada."
"Esperem um minuto." Lance interrompeu. "O que há de errado com 'A Dama de Charlote'? Só é muito curto — ".
"Minha mãe está escrevendo um livro sobre ele," interrompi, não mencionando a parte de eu ter esse nome por causa dela.
"Então o poema está certo," Lance disse, iluminado. "Somente pergunte à sua mãe o que dizer!”.
Olhei para ele. Eu não podia acreditar que isto acontecia. E ainda, ao mesmo tempo, eu tipo acreditava. Como pareceu que seria minha vida em Avalon High. Bizarro, mas estranhamente não bizarro ao mesmo tempo.
"Ao contrário de como você talvez faça seu dever de casa," disse, num esforço desesperado, poupando-me de cavar meu próprio poço sem fundo do qual não teria volta, "faço meu dever de casa, sem a ajuda dos meus pais.".
"Este mais curto," Lance disse, tomando o pedaço de papel dentre os dedos de Pescoço Magrinho. "Vamos ficar com ele.".
Estava óbvio, aí não ia ter qualquer conversa, muito menos argumentando, sobre a edição. Lance tinha falado. E o que Lance diz — estava perfeitamente claro, mesmo uma criançinha, saberia — .
"Bom," disse, agarrando o papel de tema para fora das suas mãos. "Eu o escreverei. Mas tem que lê-lo na frente da classe toda."
A expressão afetada desapareceu de rosto de Lance. "Mas — ".
"Tudo Bem," disse, combinando exatamente o tom que ele tinha usado comigo.
"Ou podemos apenas ser reprovados, como tudo que eu cuido.".

Olhou afetado. "Eu não posso receber um F. o treinador não me deixará jogar."
"Então apresente o relatório," eu disse.
Afundou um pouco mais embaixo da sua escrivaninha, Lance disse, "o que você quiser," para mim — e os Nerds, que viraram em seus assentos, triunfante concordaram.
Quando o sino tocou, esperei até que Lance tivesse limpado o armário antes de segui-lo, então nós não teríamos que conversar desajeitadamente fora do corredor.
Acabei sentando na sala atrás dos Nerds...
Então tive de sentar na fileira em frente a que eles sentaram-se depois.
E isso era que algum de amigos equipe de futebol de Lance encontraram-no na porta da sala de aula. Então um deles — qualquer um porque estava entediado, dizendo assim, ou talvez uma combinação de ambos — passou pela porta na minha frente atravessou a entrada, agarrou a agenda da criança.
"Rick," Pescoço Magrinho disse, numa voz repugnada. "Me devolva."
"Rick," um de amigos de Lance ecoou falsamente."Me devolva.".
"Receba sua vida," Pescoço Magrinho disse, em seguida agarrando a agenda.
A criança nerd pareceu que estava prestes a chorar. Até que uma mão pertencendo a alguém mais alto que todo o outro jockeys alcançou e arrancou a agenda dos dedos de Rick.
"Aqui, Ted," Will disse a Pescoço Magrinho, dando a ele sua agenda. Ted pegou-a com os dedos trêmulos, seu olhar, como olhou para Will, adorável.

"Obrigada Will," ele disse.
"Nenhum problema," Will disse ao ‘geek’. Ele não um tinha um sorriso amarelo, tampouco agora, qualquer um. A Rick, ele disse, "Desculpe-se.".
"Vamos Will," Lance disse, numa maneira Estávamos - Apenas- Brincando. "Rick somente mechia nas coisas da criança."
A voz de Will estava fria. "Conversaremos sobre isto," disse. "Desculpe-se com Ted, Rick."
Eu não tive uma surpresa quando Rick virou para Pescoço Magrinho e disse, soando genuinamente arrependido, "Desculpe.".
Porque havia um tom de aço ma voz de Will que deixou claro, ninguém — nem sequer os dois – médios (posição de jogador entre os atacantes e zagueiros) - cem -libra (medida) — tentava bagunçar com ele. Ou desafiar desobedecer a um de seus comandos.
Talvez fosse somente uma coisa de zagueiro.
Ou talvez fosse algo mais.
"Está tudo bem," Ted disse. Então ele e seu amigo correram para longe, desaparecendo na multidão apertada do corredor.
Segui-os, mais lentamente. Will não me tinha notado na multidão, e eu estava alegre. Eu provavelmente não saberia o que dizer a ele se tivesse me dito olá nem ou qualquer coisa. A visão dele dizendo o que o jogador tinha que fazer — e o jogador realmente fazendo — teve o efeito de me enlouquecer por fora.

Se puder me compreender, você está com cabeça sobre joelhos de amor com alguém que te enlouquece por fora.
Isto era ruim. Realmente ruim. Quero dizer, eu não preciso estar caindo de amor com algum garoto — mesmo um garoto que casualmente apareceu em minha casa para jantar e era campeão de navegação — que já foi alvo das perguntas de uma das meninas mais bonitas da escola. Isto, então, não me deixar acabada de otimismo. Nem mesmo Nancy, a otimista romântica, seria capaz de ver qualquer possível cabimento deu estar caindo de amores por A. William Wagner.
Então gastei o resto do dia tentando não pensar nele. Will quero dizer.
Não era como eu se eu não tivesse muitas outras coisas com me preocupar. Havia o relatório para o Sr. Morton, naturalmente. E tinha descoberto através de Liz durante almoço que havia mais de algumas duzentas calouras correndo atrás da equipe de animadoras — meu acontecimento — em vez da universidade. A menos que eu os posso bater, havia uma possibilidade de talvez não fazer parte da equipe de animadoras de Avalon High, devia era considerar sair disso.
Eu não quis falar do problema de fazer o teste para equipe, só não faria porque algum calouro de muco - ranho tinha gasto seu verão treinando e não flutuando numa piscina, como eu.
Então quando cheguei em casa da escola esse dia, eu vesti minhas roupas de correr. Numerei que a corrida faria um dever duplo — ajudaria a me preparar em forma para pista de teste, e também manteria minha mente longe de certo zagueiro.
"Oh, Ellie," disse. "Olá. Eu não a ouvi entrando em casa." Então notou o que eu usava, e fez seu queixo cair.
"Oh," disse, numa voz diferente. "Não hoje, Ellie. Eu realmente estou cansado agora. acho que eu fiz um avanço. Veja este filigrana, aqui? É isso-".
"Você não tem que vir comigo," interrompi, não querendo outra conferência sobre a espada louca do meu pai. "Só preciso de uma carona ao parque. Onde Mamãe está?".
"Deixe-a na estação de trem. Tinha alguma pesquisa para fazer na cidade hoje.".
"Bom," disse. "Me dê as chaves do carro, então, e eu dirijo sozinha.".
Ele pareceu amedrontado.
"Não, Ellie,” disse. "Você só tem uma licença do aprendiz. Necessita de alguém com uma carteira de motorista válida com você.".
"Papai," disse. “Eu vou apenas ao parque”. São duas milhas longe daqui. Há uma parada por um quarto do caminho e um semáforo antes deu chegar lá. “Ficarei bem.".
Meu pai deixou. Mas com ele no assento de passageiro.
Quando chegamos lá, havia um jogo de T-BOLA e um jogo de lacrosse rolando.
O estacionamento estava lotado com minivans e Volvos. Meu pai disse que é porque a maioria das pessoas em Annapolis são ex-militares, e todos querem guiar o carro mais seguro que eles conseguirem.
Perguntei-me se o pai de Will dirigia um Volvo. Sabe desde que Will tinha dito que ele estava na marinha.
Oops. Eu disse que não pensaria em Will.

Meu pai me disse para chamá-lo do telefone público ao lado das casas de banho quando acabar com minha corrida — Deus proíbe meus pais de me dar um telefone celular — então voltar e me buscar. Eu disse que ligaria, então peguei meu iPod e a água e sai do carro. Havia só algumas pessoas no caminho da corrida, principalmente caminhando com seus Jack Russell terriers ou Border Collies (um cão bem popular no lugar em que eu morava era the black lab . Aqui, são os Border collies. Meu pai diz que é porque os ex-militares querem o animal mais esperto que eles podem achar, e ele é o Border collie).
O cão de Will, Cavalier, é um Border Collier. Só falando.
Esta tarde estava quente. Como interrompi um jogging, eu, em um instante, fui coberta por um brilho fino de suor.
Mas me senti bem por trabalhar os meus músculos depois de um dia longo de ficar atrás de várias escrivaninhas.
Andei passando por pessoas que caminham com cachorros, cuidadosa para não fazer contato visual (meu pai estaria amedrontado), dedicava - me a batida da música que eu escutava. Fui ao redor do caminho da corrida mais uma vez — evadindo uma T-BOLA e quase correndo com uma criança num triciclo. Não era até que meu segundo e tempo final ao redor de que me lembrei de dar uma olhada para baixo na ravina — por hábito, realmente, mais que esperei ver qualquer pessoa á — e praticamente tropecei sobre os meu próprios pés e cai sobre meu rosto.
Porque Will estava lá.
Ao menos, eu pensei que era Will.
Ainda, depois que fiz minha segunda volta, eu voltei, somente para assegurar-me do que vi. Não porque quis descer lá e conversar com ele, nem por eles. Quero dizer o garoto claramente já tem dona. Eu não vou depois tomar namorados de outras pessoas. Não isso, vocês sabem, nem se tentasse, rolaria com ele, nem algo assim. A verdade é, eu não fico com todos os garotos. Qual é o ponto? Eu não sou o tipo de menina em que eles jamais pensam, de qualquer jeito.
Mas qual era o problema, ou algo? Qual a razão dele estar no fundo da ravina, era porque tinha tropeçado e tinha caído? Ei pode acontecer. E talvez estivesse desmaiado lá, sangrando e inconsciente, necessitando de um beijo de vida? Dado por mim?
Está bem, esquece. Então queria conversar com ele mais algum tempo. Então pode me processar.
Achei-me na parte do caminho que cortava a ravina, e aí, para mais embaixo, estava alguém que me pareceu muito com Will. Como eu tinha chegado lá embaixo sem ser despedaçada por espinhos ou caindo para os lados baixos e abruptos da ravina, eu não soube.
Mas garanti que ele estava bem, me lembrei.
Sim. Era isso. Assegurar-me de que estava tudo bem com ele. Tudo.

Livro: Avalon High - Meg Cabot / Parte 4


Capítulo 4


Sua testa abundante em brilho do sol brilha;

Os cascos brilham, seu cavalo de guerra trota;

De baixo do seu capacete flui

Seus cachos carvão-preto como ele, cavalgam

Enquanto ele se dirige para Camelot...

Gritei e quase caí da jangada.

"Oh, desculpe" Will disse. Tinha sorrido. Depois que gritei, parou. "Eu não quis espantá-la.".

"O... o que você faz aqui?" Gaguejei, levantando minha cabeça e olhando para ele.

Eu não posso acreditar que ele estava apenas… bem, ficando aí. Ao lado de minha piscina. No meu terreno. Na Pedra da Aranha.

"Uh," Will disse, começando a olhar um pouco inseguro. "Bati. Seu pai disse que você estava aqui fora, e me deixou entrar. Estou atrapalhando? Posso voltar se quiser."

Olhei para ele, completamente emudecida. Eu não posso acreditar que isto acontecia. Tinha vivido por dezesseis anos sem que qualquer cara jamais tenha tido o mais leve tipo de atenção por mim, e então um dia, sem qualquer aviso absolutamente, o cara mais gracioso que eu jamais tinha visto — e quero dizer jamais — aparece na minha casa. Tendo vindo, aparentemente, me ver.

Quero dizer, por que mais ia está aqui? "Co-como pode saber onde vivo?" Perguntei a ele. "Você sabe ao menos quem eu sou?"

"Guia de estudante," disse. Então, parecendo compreender que era mais que um pouco louco, ele acrescentou, "Olha, eu sinto muito se eu a assustei. Eu não quis assustá-la. Acabo de pensar… bem, quer saber? Estava errado".

"Errado sobre o que?" Perguntei. O meu coração ainda batia muito forte dentro de meu biquíni. Tinha me assustado muito mais que essa aranha que viveu na Pedra da Aranha jamais me assustou.

Mas não era só sua aparição repentina que tinha me assustado que fazia meu coração martelar. Tenho que admitir, muito era por causa de como ele estava lindo, aí em cima dessa pedra, com o sol brilhando em sua cabeleira escura.
"Nada," disse. "Eu só — quero dizer, o jeito que você sorriu para mim no dia no parque como…”.

"Como o que?" Soei casual, mas internamente, louca por vários motivos: um, que ele se lembrou de mim — ele realmente se lembrou de mim! — desse dia no parque, e dois, que ele me elogiou. A coisa de sorriso, eu quero dizer. Tinha sentido, demais!

Ou talvez não.

"Olhar, nunca mente," Will disse. "É estúpido. Quando eu a vi — primeiro no parque, e então outra vez hoje, acaba por parecer como…eu não sei. Que já tinha te encontrado antes, ou algo. Mas nós não nos encontramos, obviamente. Quero dizer, posso ver isso agora. Sou Will, à propósito . Will Wagner".

Eu não deixei que ele soubesse que eu já sabia, de ter olhado para ele do mesmo jeito que ele tinha me olhado. Porque eu não quis parecer estar apaixonada por ele, nem em algo assim. Porque como podia estar apaixonada por ele? Eu só tinha visto ele duas vezes antes dessa. Com esta se faz três vezes. Você não pode estar apaixonada por alguém que você só viu três vezes. Quero dizer, se você é Nancy, você pode. Mas não se são práticas, como eu.


"Sou Ellie," disse. "Ellie Harrison. Mas então… eu tenho um palpite sobre isso."
O seu olhar azul estava sobre o meu, mas desta vez, não pareceu como intenso. O fator positivo, Will sorria. "Muito bonito" disse.

Ele realmente era muito bonito. Não era sempre que garotos tão bonitos como ele me olhou meio intensamente, quanto mais apareceu em minha casa para me ver. Eu não sou feia, nem algo, mas eu não sou nenhuma Jenniffer Golf. Quero dizer, não sou do tipo: “Oh, sou tão pequena e desamparada, por favor salve-me, você tipos de homens grandes fortes que ajudam meninas”. Sabe o tipo que todos os garotos graciosos têm queda na escola? Sou mais o tipo de garota que velhinhas que vão a mercearias e pedem, "Pode abaixar, a comida de gato que está numa prateleira muito alta para mim, querida?".

O que basicamente traduz à Invisível para Garotos.

"Acabo de chegar aqui," eu disse. "De St. Paul. Eu nunca fui ao Litoral de Leste antes disso aqui. Então eu não sei como podíamos ter encontrado antes de…. A menos que" — eu olhei para ele hesitante — "foi a St. Paul?"

O que era loucura, porque se tivesse ido, teria lembrado.

"Não," ele disse, sorrindo. "Nunca estive lá. Olha, realmente, esqueça que eu disse algo. As coisas foram realmente bizarras ultimamente, eu suponho eu só...”.

Sua expressão escureceu só por uma fração de um segundo, quase como se uma sombra tivesse passado através dele.

Exceto que isso era impossível, desde que não havia nada entre ele e o sol.
Então pareceu desconsiderar qualquer pensamento obscuro que tivesse ocorrido a ele, e disse sorrindo, "Sério, não se preocupe com isso. Eu a vejo na escola.".

Virou-se. Ele ia sair da Pedra de Aranha e ir embora. Eu quase posso ouvir minha melhor amiga Nancy gritar na minha cabeça, Não o deixe escapar, sua idiota! Está quente! Faça-o ficar!

"Espere," eu disse.

Então, quando virou rapidamente, me vi freneticamente tentando pensar em algo gracioso e brilhante de dizer… algo que o faria querer ficar.
Mas antes de eu pode pensar em algo, eu ouvi a porta móvel de vidro ser aberta atrás de mim. Um segundo mais tarde, minha mãe chamou para baixo da plataforma, "Ellie, seu amigo e você gostariam de dar uma nadada juntos? Tenho certeza de que Geoff o agradeceria". Oh meu deus. Meu amigo. Eu era certo que eu ia morrer de vergonha. Além de que, dá para uma nadada? Comigo? Não tive nenhuma idéia pra falar a um dos garotos os mais populares em Avalon High, ou que namorava uma das meninas as mais bonitas lá.

Mas ainda. Isso não é nenhuma desculpa.

Mas ainda. Aquela não é nenhuma desculpa.

“Não mamãe” eu falei para ela, dei a Will um monte de desculpas com o olho que ele sorriu e disse “Nós estamos bem”.

Porque rapazes como Will não se divertem com meninas como eu. Isto somente não acontece. Claramente, Will tinha pensado que eu era alguma outra menina — talvez alguém ele tivesse encontrado no acampamento e esteve apaixonado quando tinha oito anos, ou o que — e agora que tinha compreendido seu erro, e estava indo.

"Realmente", Will disse, olhando para cima de minha mãe. Tenho que ir agora.

Isso é o que eu pensei que ele ia dizer. Tenho que ir agora, ou cometi um erro enorme, ou casa errada mesmo, infelizmente.

Porque assim é como as coisas funcionam em um universo requisitado.

Mas adivinhem, o universo tinha inclinado em seu eixo sem que qualquer um tenha falado para mim, ou para alguém, porque Will disse, "Uma nadada talvez seja legal.".

E três minutos mais tarde, contra todas leis de probabilidade, Will estava num par de calção de banho largos do Geoff na minha casa, com uma toalha ao redor do seu pescoço. Ele também estava de óculos e bebendo limonada que minha mãe tinha arranjado em algum lugar, ele se ajoelhou ao meu lado na beira da piscina.

"Entrega rápida livre," disse, piscando, como tomei o copo dele. Se sentiu, como eu senti, uma sacudida de corrida de eletricidade passando pelo seu braço quando os nossos dedos acidentalmente se tocaram, ele não deixou perceber.

"Oh meu Deus," disse, segurando o vidro e olhando ele. Me surpreendi ao ver um corpo impressionante. A sua pele era bronzeada — de navegar, sem dúvida nenhuma — e era deslumbrantemente muito musculoso, - mas não num estilo louco.

E ele estava na minha piscina.

E ele estava na minha piscina. *-*

“Ela fez — " estava em choque demais pensar em mais alguma coisa. "Conversou com você?".

"Quem?" Will perguntou, se sentando sobre um colchão de ar do Geoff. "Sua mãe? Sim. É amável. O que é ela, escritora ou algo assim?"

-Professora,- eu disse, meus lábios tinham ficado dormentes. Mas não por causa dos cubos de gelo na minha bebida. E sim por causa da idéia de Will Wagner, sozinho na minha casa com meus pais, enquanto eu, tão paralisada pelo horror para me mover, tinha ficado na piscina, sem fazer nada para tentar resgatá-lo. “Os dois.”

- Bem, isso explica,- Will disse calmamente.

Meu sangue ficou tão frio quanto o gelo na minha bebida. O que eles tinham feito? O que eles tinham dito para ele? Era muito cedo para Jeopardy! Então não poderia ter sido isso.

- Explica o que?

- Sua mãe declamou algum poema depois que eu me apresentei,- Will disse, inclinando a sua cabeça para trás novamente e olhando para o céu azul através das lentes de seus Ray-Bans. -Algo sobre uma ampla, clara fronte.

Meu estômago se embrulhou.

- ’Sua ampla fronte clara brilhou a luz do sol’?- Eu perguntei nervosamente.

- É, - Will disse. - Isso mesmo. Sobre o que é isso?

- Nada,- eu disse, prometendo silenciosamente matar a minha mãe no futuro. -É um verso de um poema do qual ela gosta-A Dama de Shalott. Tennynson. -Ela está tirando um ano sem lecionar para escrever um livro sobre Elaine de Astolat. Isso a está deixando um pouco mais louca do que o normal.

-Deve ser legal,- Will disse, sua bóia perigosamente próxima da Pedra da Aranha, embora ele não estivesse realmente consciente do perigo relativo à aranhas no qual ele estava se metendo. -Ter pais que falam sobre livros e poesia e coisas assim.

-Oh, você não tem idéia,- eu disse, na voz mais lisonjeada que pude.

-Como é o resto?- Will queria saber.

-O resto do que?

-Do poema.

Ela estava tão, tão morta. “’Sua ampla fronte clara brilhou a luz do sol’,” eu disse de cabeça. Não é como se eu não tivesse ouvido isso umas setenta vezes só nessa semana. “’Em cascos polidos trotava seu cavalo-de-guerra;/E de baixo dos seu elmo flutuavam/Seus cabelos negros como carvão enquanto ele corria,/Enquanto ele corria em direção à Camelot.’ É um poema muito chato. Ela morre no final, flutuando em um barco.

-Você não deveria encontrar alguém no Dairy Queen hoje depois do treino?

Will olhou na minha direção, como se a pergunta o tivesse assustado. Eu não o culpei. Tinha me assustado também. Eu não tinha idéia de onde tinha vindo.

Ainda assim. Precisava ser perguntado.

-Eu acho que sim,-Will disse. -Como você sabia disso?

-Por que eu ouvi Jennifer te perguntar sobre isso quando eu te vi hoje no corredor da escola,- eu disse. Nancy, eu sabia, teria ficado louca se tivesse me ouvido dizer isso. Ela ficaria toda, Oh meu Deus! Não deixe tão na cara que você sabe sobre Jennifer! Por que aí ele vai saber que você teve o trabalho de procurar por ela, e então ele vai achar que você gosta dele!

Mas não mencionar Jennifer simplesmente não parecia muito prático para mim.

Nancy também não teria gostado das próximas palavras que saíram da minha boca.

-Ela é sua namorada, certo?- Eu perguntei, olhando para ele enquanto ele passava flutuando por mim.

Ele não olhou para mim. Ele levantou a cabeça para tomar um gole de limonada, e depois se encostou de novo no encosto da sua bóia.

-É,-ele disse. - Há dois anos.

Eu abri a minha boca para perguntar, o que parecia ser naturalmente, a próxima pergunta a ser feita-a que Nancy definitivamente teria me proibido de perguntar. Mas antes que eu pudesse dizer uma palavra, Will levantou sua cabeça, olhou direto para mim e disse, “Não.”

Eu pisquei para ele por trás das lentes dos meu óculos de sol. “Não o que?” Eu perguntei, por que como eu deveria saber - naquela hora-que ele podia ler a minha mente?

-Não me pergunte o que eu estou fazendo na sua piscina em vez da dela,-ele disse.- Por que eu honestamente não sei. Vamos falar sobre outra coisa, okay?

Eu nem podia acreditar no que tinha acontecido. O que esse cara absolutamente lindo estava fazendo na minha piscina? Sem mencionar, lendo minha mente?

Não fazia nenhum sentido.

Mas afinal, eu não sabia se fazia algum sentido para ele também.

Então em vez de perguntar sobre isso, eu perguntei sobre outra coisa que estava me incomodando: simplesmente o que, exatamente, ele estava fazendo na ravina naquele primeiro dia que eu o tinha visto.

“Oh,” Will disse, soando bastante surpreso de que eu tivesse sequer perguntado. “Eu não sei, eu simplesmente acabo indo lá algumas vezes.”

O que basicamente respondia a minha pergunta sobre o que ele estava fazendo na minha piscina ao invés de estar na piscina da namorada dele: ele era claramente mentalmente instável.

Exceto que - deixando de lado a parte do ‘estar-na-minha-piscina-em-vez-da-piscina-da-Jennifer’-ele parecia totalmente normal. Ele era capaz de conversar de forma totalmente lúcida. Ele me perguntou por que nós tínhamos nos mudado de St. Paul, e quando eu lhe contei sobre a licença ele disse que sabia como isso era - ter que se mudar muito é o que eu quero dizer. O pai dele, ele disse, era da marinha, e tinha sido transferido para muitos lugares - forçando Will a se mudar mais ou menos todo ano quando ele era mais novo - antes de finalmente aceitar uma posição como professor da Academia Naval.

Conversou sobre Avalon High, e os professores ele que gosta, e os que eu devo tentar manter distância — Sr. Morton ele falou, para a minha surpresa, é um bom cara. Conversou sobre Lance — descreveu o mês em que ele e Lance saíram navegando juntos.

A única coisa que Will não falou foi Jennifer. Nem sequer uma vez. Não que contasse.

Eu não tive qualquer problema compreendendo o que Nancy teria feito. Claramente esse namoro não era só felicidade e alegria. Por que mais estava flutuando na minha piscina, e não na dela?

Não, naturalmente, que eu imaginei seu interesse em mim era absolutamente romântico. Porque quem quereria hamburger quando podem ter filé mignon? Você tá louca! — era o que Nancy diria — acabo de me tocar. Acabo de ser realista.

Os garotos como Will são para garotas como Jennifer: loiras, petulantes, animadas que parecem saber instintivamente que os garotos estão admirando-as, não para garotas como eu — violentamente desengonçadas e que não têm medo de tirar cobras do filtro da piscina.

O sol começava deslizar atrás da casa, e havia mais sombra que luz na superfície da água quando minha mãe voltou para a plataforma e anunciou que comprou comida tailandesa, e perguntou se Will queria ficar para jantar.

Will disse que adoraria.

Will era o convidado perfeito, me ajudou a pôr a mesa, e limpa-la depois. Comeu tudo em seu prato. E quando meus pais e eu falamos que estávamos cheios, comeu tudo que estava nas caixas — para admiração do meu pai.

Foi legal com a Tig, demais, quando ela veio e cheirou um dos seus sapatos. Abaixou-se e pôs o dedo para fora então ela pôde cheirar, então decidiu acariciá-la. As únicas pessoas que realmente gastam tempo com gatos sabem que isto é aceito na etiqueta de gato.

Ele não riu quando eu contei sobre o nome do Tig, qualquer um riria. É tipo de embaraçar ter um animal que você nomeou quando tinham oito anos. Apóie então, que quando você têm oito anos, pensa que Tigger é um nome criativo e bem original para um gato.

Mas quando mencionei isto para Will, sorriu e disse que Tigger não era tão mau quanto o nome que ele tinha dado seu Border Collie quando tinha doze anos — Cavalier. Que é um nome bizarro e bonito para um cão, se pensarem sobre ele. Especialmente para um cão que têm uma família naval.

Durante o jantar, Will contou histórias engraçadas sobre Cavalier e sobre as travessuras, assim como sobre seus instrutores. Ele não olhou entediado quando meu papai contou sobre a espada, nem quando minha mãe citou mais alguns versos Dama de Shalott, como sempre fazia depois de um copo de vinho no jantar.

Ele mesmo riu do meu relato do Grande Salvamento de Cobra.

Nancy sempre franze as sombrancelhas quando brinco com garotos. Diz que eles não desenvolvem sentimentos românticos por meninas que são muito brincalhonas. Como pode cair de amor por você, Nancy sempre quis saber, se você se ocupa demais rindo?

E enquanto pode ter um ponto — certamente nenhum garoto caiu de amor por mim, com a exceção de Tommy Meadows na quinta série, mas a sua família se mudou para Milwaukee depois que ele declarou sua devoção eterna… um fato que pode ser, agora que eu pensei direito, o que estimulou a declaração em primeiro lugar — meu pai diz que ele caiu de amor à primeira vista pela minha mãe. Quando eles se encontraram, tinha escrito 'Oi Demoiselle d'Astolat Chamo-me…etiqueta de lapela.'

A que todos tinham dado uma grande gargalhada. É realmente uma piada horrível, mas o que os professores de história medieval sabem?

Não que estivesse tentando fazer A.William Wagner cair de amores por mim, naturalmente. Porque estou perfeitamente ciente que é impossível.

É só que, me lembrei do modo como uma sombra tinha parecido passar através do seu rosto na piscina, eu pensei talvez que ele pode dar uma risada. Isso é tudo.

Will saiu depois do jantar. Agradeceu para meus pais, chamando minha mãe de 'senhora' e meu pai de 'senhor' — que me deixou louca — e então disse, "Vejo você amanhã, Elle," para mim.

Então partiu, desaparecendo no crepúsculo exatamente como ele tinha aparecido no lado de minha piscina. Como se do nada..

Que, quando pensei sobre isso, era bonito e bizarro.

Mas a parte mais bizarra de tudo era que enquanto tinha durado — uma vez eu tinha quando eu tive idéia, eu quero dizer, deste garoto 'hot' esperando por mim — realmente não tinha parecido totalmente bizarro. Era como esse sorriso que Will tinha me dado tinha no dia do parque, eu tinha sido capaz de retornar. Acabou por parecer totalmente natural sorrir de volta, assim como tinha sido totalmente natural — natural e, sim, correto — ter Will aí, flutuando na piscina, quando pomos a mesa, rindo de minha imitação dos garotos.

Isso era o que era estranho. Que realmente não foi estranho.

Ainda, quando Nancy ligou mais tarde essa noite, e meu pai respondeu primeiro, e disse, "Ah, Nancy. Tem muito para contar," eu tentei não menosprezar a coisa inteira tanto como devo ter feito. Porque soube que Nancy contaria a todo mundo no meu antigo lar.

Sobre meu encontro com um garoto que jantou comigo no meu primeiro dia em minha nova escola. Me assegurei de que mencionar que ele estava na equipe de futebol, navegava, e era presidente da classe sênior, também.

Ah, e que me viu flutuando na piscina.

Nancy praticamente me deu um curso de garotos pelo fone.

"Oh meu Deus, ele é mais alto que você?" ela quis saber. Isto sempre tinha sido um problema, na maior parte da minha vida, porque eu era mais alta que a maioria dos garotos da nossa escola, com a exceção de Tommy Meadows.

"Tem dezesseis anos," disse.

Nancy gostou. Se começássemos a sair eu precisaria usar salto, ela disse.

"Espera até que eu contar para Shelley," Nancy disse. "Oh meu Deus, Ellie. Você fez. Uma nova escola foi capaz de remodelar sua personalidade. Será tudo diferente para você agora. Tudo! E tudo que você fez foi se mudar para um estado totalmente novo e freqüentar uma escola completamente nova."

Sim.

As coisas definitivamente começavam a melhorar.

Isso foi realmente o que eu pensei.

Então.

Livro: Avalon High - Meg Cabot / Parte 3


Capítulo 03

Quatro paredes cinzentas, e quatro torres cinzentas,

Vê de cima um espaço de flores,

E a ilha embalada em silencio

A Dama de Shalott.


Eu não vi. Pelo menos, não no parque. Não na semana seguinte, de qualquer forma. Papai e eu fomos correr todos os dias-mais ou menos na mesma hora que naquele primeiro dia - mas eu não vi mais ninguém na ravina.

E eu procurei. Acredite em mim. Eu procurei bastante.

Eu pensei muito sobre eles - as três pessoas que eu tinha visto. Por que eles foram as primeiras pessoas da minha idade que eu tinha visto em Annapolis - sem contar aqueles que trabalhavam no Graul’s, o mercadinho local onde eu comprava sacos de lixo e pão, e aqueles que eu vi esperando uma mesa no Red Hot and Blue.

Era aquela ravina, eu imaginei, algum tipo de ponto local para se agarrar. Sabe como é né, make out, dar uns amassos... Ah... vocês entenderam!

Mas o garoto de cabelos escuros não estava com ninguém que eu tenha visto.

Era lá que os adolescentes iam para se drogar?

Mas o cara não tinha parecido drogado. E ele e seus amigos não tinham parecido cabeças-ocas. Eles estavam usando roupas normais, shorts cáqui e camisetas. Eu não tinha notado uma única tatuagem ou piercing em nenhum deles.

Não parecia que eu iria ter respostas para nenhuma dessa perguntas tão cedo.

Nossos dias de corrida no Parque Anne Arundel - e meus dias de flutuação na piscina - estavam se encaminhando para um fim, de qualquer forma: a Escola estava começando.

Sempre tinha sido o meu sonho, é claro, começar meu primeiro ano no segundo grau em uma nova escola, em um estado distante, onde eu não conhecia ninguém.

Hum. Não.

O primeiro dia na Avalon High School não era realmente um primeiro dia. Era uma orientação. Basicamente você só era encaminhada para aulas e armários. Nada que envolvesse o cérebro, eu acho que para nos ajudar na volta à rotina escolar.

A AHS [Avalon High School] era menor do que a minha antiga escola, mas tinha melhores instalações e mais dinheiro, então eu não estava exatamente reclamando. Eles tinham até um guia de estudantes que eles distribuíam no nosso primeiro dia oficial (de não orientação), com pequenas fotos e biografias de cada aluno. Eu tive que posar para a minha foto no primeiro dia de orientação - eu e duzentos calouros risonhos. Eba - e depois tive que preencher um formulário que me perguntava sobre os meus dados gerais: nome, endereço de e-mail (se eu quisesse compartilhá-lo), e interesse, para que eles pudessem colocar no guia de estudantes. Para que nós pudéssemos todos conhecer uns aos outros. Mais ou menos Imagem para a população estudantil.

Meus pais estavam muito animados no meu primeiro dia de verdade na escola. Eles levantaram cedo, preparam café da manhã e um pacote com o almoço. O café da manhã estava bom - waffles apenas com algumas queimaduras de frio - mas o almoço era realmente triste: um sanduíche de pasta de amendoim e geléia com um pouco de salada de batatas do Red Hot and Blue separada. Eu não tive a coragem de dizer pra eles que a salada de batatas iria esquentar no meu armário antes mesmo que eu tivesse uma chance de comê-la. Meus pais, sendo estudiosos da Idade Média, simplesmente não pensam sobre refrigeração com tanta freqüência.

Eu peguei o pacote que eles me ofereceram orgulhosamente e disse simplesmente, “Obrigada, mamãe e papai.”

Eles me levaram de carro até a escola por que eu disse que estava muito fraca emocionalmente para pegar o ônibus. Todos nós sabíamos que isso não era verdade, mas eu realmente não podia lidar com o estigma de não ter ninguém com quem sentar, e as pessoas não gostam de partilhar seus bancos de ônibus com totais estranhos, etc.

Eu disse pra eles irem com calma com os outros professores, e eles me disseram pra ir com calma com os outros alunos.

Então eu entrei na escola.

Foi um primeiro dia típico - ou pelo menos a primeira metade foi. Ninguém falou comigo e eu não falei com ninguém. Alguns professores agiram como se fosse uma grande coisa eu ser nova, e vinda da exótica terra de Minnesota, e me fizeram falar um pouco sobre mim e meu estado.

Eu falei. Ninguém ouviu. Ou, se ouviram, não pareceram se importar.

O que estava bem, já que na verdade, eu também não me importava muito.

O almoço é sempre a parte mais assustadora do primeiro dia de toda criança numa nova escola. Mas eu estou meio acostumada com isso, por causa de prévios sabáticos. Por exemplo, eu sabia suficientemente da minha experiência na Alemanha que pegar o meu saco de papel e ir me sentar sozinha na biblioteca ia me garantir o título de perdedora pelo resto do ano.

Assim em vez de ir para a biblioteca tomei coragem e olhei ao redor em busca de uma mesa onde pudesse me sentar, onde garotas como eu estivessem sentadas. Depois que eu encontrei uma, eu comecei a me “enturmar”. Porque, basicamente, é isso o que você tem que fazer. Me senti uma completa e total estranha, eu disse que era nova e perguntei se podia sentar com eles. Agradeço a Deus por eles terem se ajeitado na mesa e arranjado lugar pra mim. Isso, afinal de contas, faz parte do código de conduta aceito para meninas altas de “geeky- looking” em toda parte.

Permitiram, podiam ter me deixado ficar perdida, mas não deixaram. O Avalon High, eu começava pensar, talvez não seja tão mau, afinal de contas.

Me convenceram disso após o lanche, que foi quando eu finalmente o vi, o rapaz da ravina, quero dizer.

Procurava em meu horário, tentando me lembrar onde ficava o armário 209 na minha excursão de orientação, quando veio arremessado do corredor do canto, e praticamente me bateu. Reconheci imediatamente — não só porque era tão alto, e não há muitos garotos que são mais alto que eu, mas também porque tinha rosto tão distinto.

Não bonito, realmente. Mas atraente. E amável. E um olhar intenso.

A parte mais estranha era que ele pareceu me reconhecer, demais, mesmo que ele só podia ter me visto durante cinco segundos no dia do parque.

“Hey," disse, sorrindo, não só com os seus lábios, mas com seus olhos azul-celeste, também. Só Hey. Isso é tudo, um Hey.

Mas foi um “Hey” que fez meu fraco coração pular dentro do meu peito.

E, tudo bem, talvez fossem os olhos, e não tanto o “Hey”. Ou talvez fosse só, sabe, o fato de encontrar um rosto familiar neste mar de pessoas eu nunca tinha visto antes.

Exceto… Bem, tinha visto a menina que estava ao lado dele — era uma menina loira, a mesmo que eu tinha visto no parque com ele — antes o meu coração não tinha visto ela.

A vi depois que ela falou: "Mas contei à Lance que nós o encontraríamos no DQ depois de prática".

Ele respondeu pondo seu braço ao redor de ela e indo, "Seguro, isso soa bem".

Então os dois passaram por mim, e foram engolidos pelas hordas de pessoas que inundavam o corredor.

A coisa inteira tinha levado talvez dois segundos. Tá bom, três.

Mas quando ele saiu foi como se alguém tivesse chutado meu peito. Que justamente — bem, não sou eu. Eu não sou desse jeito. Sabe, "Oh meu Deus, ele me olhou, eu mal posso respirar!" Tipo, Nancy é a otimista romântica. Sou prática.

O que não fez absolutamente nenhum sentido, e que no minuto em que eu achei minha próxima sala, eu amassava minha cópia do guia de estudante e folheava-o freneticamente até que eu o encontrei.

Era um ano em frente de mim, um veterano. Seu nome era A. William Wagner.

De acordo com o livro, A. William Wagner era uma estrela. Estava na equipe de futebol de escola, assim como era um Finalista Nacional de Mérito e presidente da classe sênior. Seus interesses incluíram leitura e navegar.

Não dizia nada sobre o estado civil do Will, mas eu o tinha visto duas vezes, com essa, agora, ambas às vezes estava com a mesma garota loira - e linda -. E na segunda vez ele passou o seu braço ao redor de ela, e ela tinha conversado com ele sobre a reunião com alguém na "Rainha de Leiteria" depois da prática. Tem que ser sua namorada.

Garotos como A. William Wagner sempre tem namoradas. Você não tem que ser o tipo prático, como eu sou, só para saber disso.

Desde que tive nada para melhor fazer — Sr. Morton, meu instrutor de Acesso Mundial, tentava fazer nos interessassemos na lenda gaélica, que eu provavelmente teria achado interessante se eu não comesse, bebesse, e respirasse lenda Gaélica sempre que eu estava na presença de meu pais — olhei para a namorada também em cima no guia.

Achei sua foto — em minha classe — e via que seu nome era Jenniffer Gold, e que em seus interesses incluam compras e, oh uma surpresa, A. William Wagner.

Seu extracurricular era lotado.

Tão figurado.

Folheei o guia de estudante, procura o garoto loiro eu tinha visto ir com A. William Wagner e Jennifer no dia no parque, eu achei-o, eventualmente. Lance Reynolds. Estava na classe do Will, um veterano.

Foi alistado como um defesa, que era na equipe de futebol, assim como tinha um interesse em navegar.

Quando sai da escola e vi Mamãe e Papai sentados em nosso carro, eu não me derreti de alívio nem algo assim. Acabo de entrar no carro e digo, "Lar, Jeeves," um meio "divertido", estilo jokey. Na rua de trás de nossa casa, eles perguntaram sobre meu dia, e eu os contei que tinha sido bom. Então perguntei sobre o deles. A mamãe falou sobre algum novo texto que ela tinha achado, isso realmente menciona, Elaine — não eu, Elaine — na lenda do rei Arthur, relacionado ao poema famoso de Tennyson sobre ela.

Qual, você sabe, é então emocionante. Não.

E Papai falando sobre sua espada até que os meus olhos começaram a se fechar.

Mas escutei gentilmente, porque isso é o que você tem que fazer.

Então, quando chegamos em casa, eu fui até meu quarto, vesti meu biquíni, voltei para baixo.

Minha mamãe apareceu na varanda, enquanto flutuava:

"Está me provocando com isto"? Ela disse. "Pensei que nós tínhamos falado sobre isso, agora sua escola começou."

"Vem Mãe" disse. "Verão será curto, e teremos que fechar a piscina. Eu não posso aproveitar o tempo curto que eu perdi?"

Minha mãe voltou para dentro, sacudindo a sua cabeça.

Recostei-me contra minha jangada e fechei meus olhos protegendo - os do sol.Também era quente. Tive dever de casa — dever de casa, no primeiro dia! Era certo que o Sr. Morton, o professor de Acesso Mundial…era um orador público mau e tirano — mas isso pode esperar até depois de jantar. Havia e-mails demais, de meus amigos do meu antigo lar, que precisaram ser respondidos. Nancy implorava pra vir me visitar. Ela nunca tinha ido ao Litoral de Leste, numa casa com piscina própria antes. Mas teria que vir logo, ou teria frio demais para nadar.

Tinha estabelecido um estilo de flutuar muito próprio. Flutuei de costas costas, no centro da piscina. A jangada foi levada pela correnteza para qualquer dos lados da piscina de em forma de feijão. Eu empurrei com o meu pé. O dono da casa tinha posto pedras grandes ao redor das bordas da piscina, parecia mais como um tanque fluindo naturalmente, um riacho, ou algo assim (exceto se você não vê tantos tanques com cloro e filtros neles. Mas...).

De qualquer jeito, você tem que ter cuidado quando empurra com o pé nas pedras, porque havia uma pedra realmente grande que tinha uma enorme — tão grande quanto o meu punho — aranha que pulou nele. Um par de vezes quando eu não tinha olhado onde ponho o meu pé, eu ri e quase escorreguei na aranha. Eu não quis perturbar o ecossistema da delicada piscina, então, como com a cobra, eu fiz bastante esforço para não matar esta aranha. Também, naturalmente, eu exatamente não queria que ela me mordesse e me mandasse para um quarto de emergência.

Então eu sempre abria os meus olhos quando minha jangada flutuva para borda da piscina, somente para assegurar-me de que eu não pisei a aranha quando empurrei para fora outra vez.

Essa tarde — no primeiro dia oficial de escola — quando minha jangada deu com o lado da piscina, e eu abri os meus olhos antes de empurrar para fora, eu recebi o choque de minha vida. Porque A. William Wagner estava no topo da Pedra de Aranha, olhando para mim.



Ai, o Will é tão perfeito ♥_♥ vocês vão ver...


A tradução tá meio "esquisita", mas não consegui baixar o livro pela tradução original :\ Tem até palavras que não foram traduzidas, mas nada que o meu querido Google Translate não resolva hahahaha! A história ainda tá fraquinha, mas com o tempo vai pegando fogo...

To fazendo o possivel pra deixar essa tradução (podre) mais ao estilo da Meg.


Livro: Avalon High - Meg Cabot / Parte 2


Capítulo 2


Salgueiros alvejam, faias estremecem,

Brisas leves, crepúsculo e arrepio

Através das ondas que deslizam para sempre

Pela ilha no rio

Fluindo tristemente para Camelot.


Ou talvez eu só tenha pensado que vi. Ainda assim. Eu tinha bastante certeza de que eu tinha visto algo através das árvores que não era verde ou marrom ou de qualquer outra cor encontrada na natureza. E quando eu olhei atentamente entre as folhas ao meu redor, eu vi que havia alguém parado abaixo de um desfiladeiro profundo de um lado da trilha, perto de vários penedos. Eu não podia imaginar como ele poderia ter passado por toda aquela vegetação sem um machado. Talvez houvesse uma trilha que eu não tinha visto. Mas ele estava lá. Fazendo o que, eu passei rápido demais para saber. E então eu estava fora do bosque, sob o esplendor da luz do Sol, e passando rapidamente pelo estacionamento. Algumas mulheres estavam saindo de uma minivan e indo em direção à trilha de cães com seus Border collies [é uma raça de cães]. Havia um parquinho próximo, onde algumas crianças estavam balançando e indo pelo escorregador, seus pais assistindo cuidadosamente em caso de acidentes. E eu pensei comigo mesmo: Eu realmente vi o que eu pensei que eu vi? Um cara em pé no fundo daquele desfiladeiro? Ou eu tinha simplesmente imaginado? Havia um empregado do parque arrancando ervas daninhas perto da terceira base no campo de baseball. Eu não falei oi para ele. Eu também não sorri. Eu também não mencionei o homem no fundo do desfiladeiro. Eu provavelmente deveria ter dito. E quanto àquelas crianças no parquinho? E se ele fosse um molestador de criancinhas? Mas eu não disse nada para o cara arrancando as ervas daninhas. Eu passei por ele sem nem mesmo fazer contato visual. Eu podia ver meu pai, com sua camisa amarela clara, do outro lado da trilha. Ele estava três quartos de volta a trás de mim. Sem problemas. Ele é lento, mas é confiável. Mamãe sempre diz que o papai nunca vai chegar lá rápido, mas pelo menos ele vai sempre chegar lá, no final. Como se ela pudesse falar alguma coisa. Ela nem agüenta correr. Ela gosta de fazer aeróbica no Y.

O que, dado o susto que eu levei tendo passado por aquele cara na floresta, estava começando a não parecer uma idéia tão ruim.

Desta vez, quando eu entrei pelo bosque, eu observei atentamente os lados por sinais de uma trilha, algo que o homem poderia ter usado para descer até o fundo do penhasco sem ter ficado todo arranhado pelos galhos e espinhos[esse é o sentido geral]. Mas eu não vi nada.

E quando eu passei por onde eu o tinha visto antes, eu vi que a ravina [é o mesmo que penhasco] estava vazia. Ele não estava mais lá. Na verdade, não havia nada que indicasse que ele tinha estado lá. Talvez eu realmente tenha imaginado. Talvez mamãe estivesse certa, eu eu realmente deveria ter passado menos tempo na piscina, e mais no shopping nesse verão. Fiquei preocupada que talvez eu estivesse enlouquecendo por falta de contato com pessoas da minha idade.

Aí foi quando eu fiz uma curva, e quase esbarrei nele.

E percebi que eu não o tinha imaginado mesmo.

Ele estava com outras duas pessoas. A primeira coisa que eu notei sobre eles - as duas pessoas que estavam com ele, é o que quero dizer-foi que os dois eram loiros e muito atraentes, um menino e uma menina, com mais ou menos a minha idade. Eles estavam um de cada lado do homem da ravina... que, eu notei depois de uma inspeção mais de perto, não era de fato um homem, de verdade, mas um garoto, também da minha idade, ou talvez um pouco mais velho. Ele era alto com os cabelos escuros, como eu.

Mas diferentemente de mim, ele não estava coberto de suor ou se esforçando para respirar.

Oh, ele era muito bonito, também.

Os três olharam para cima, assustados, quando eu passei correndo. Eu vi o garoto loiro dizer algo, e a garota loira pareceu chateada... Talvez por que eu quase esbarrei neles, apesar de eu ter desviando a tempo de evitar uma colisão.

Só o garoto de cabelos escuros sorriu para mim. Ele olhou bem no meu rosto e disse alguma coisa.

Exceto que eu não sei o que foi já que eu estava com os meus fones de ouvido e não pude ouvi-lo.

Tudo o que eu sei é que por alguma razão-eu não sei por que- sorri de volta. Não por causa de Imagem, ou qualquer coisa assim. Foi estranho. Foi como se eu sorrisse automaticamente pra ele quando ele sorriu para mim - meu cérebro não teve nada a ver com isso. Não houve decisão consciente da minha parte para sorrir de volta.

Eu simplesmente fiz, como se fosse um hábito ou algo assim. Como se esse fosse um sorriso ao qual eu sempre sorria de volta.

Exceto que eu nunca tinha visto esse cara antes na minha vida. Então como a minha boca poderia simplesmente saber disso?

Motivo pelo qual foi meio que um alívio passar correndo por eles. Você sabe, para me afastar daquele sorriso que me fez sorrir de volta, mesmo quando eu não queria. Necessariamente.

Meu alívio foi curto, no entanto. Por que eu os vi de novo enquanto eu estava encostada no carro, ofegando muito e esvaziando uma das garrafas de água que minha mãe tinha feito com que eu e meu pai trouxéssemos. Eles saíram do bosque - os dois garotos e a garota - e seguiram em direção aos seus próprios carros. O garoto e a garota loiros estavam falando rapidamente com o garoto de cabelos escuros. Eu não estava perto o bastante para ouvir o que eles estavam dizendo, mas julgando pelas expressões deles, não parecia que eles estavam muito felizes com ele. Mas uma coisa eu sabia com certeza: Ele não estava mais sorrindo.

Finalmente, ele disse algo que pareceu ter acalmado o casal loiro, já que eles pararam de parecer tão chateados.

Então o garoto loiro entrou em um jipe, enquanto o garoto de cabelos escuros sentava-se atrás do volante de um Land Cruiser branco... E a garota loira sentou-se no banco do passageiro ao lado dele. O que me assustou, já que eu tinha pensado que ela e o garoto loiro e bonitinho, e não o de cabelos escuros, eram o casal.

Mas tendo tido pouca experiência no departamento de namorados, eu não sou uma especialista.

Eu estava sentada na capota do nosso carro refletindo sobre o que eu tinha acabado de presenciar: uma disputa de amor? Uma negociação de drogas de algum tipo? - quando meu pai finalmente veio meio vacilante.

“Água,” ele disse, e eu dei a ele a outra garrafa.

Só quando nós já estávamos dentro do carro, o ar condicionado soprando sobre nós à toda força, que meu pai perguntou, “Então. Teve uma boa corrida?”

“Sim,” eu disse, meio surpresa pela pergunta.

“Quer vir de novo amanhã?” Meu pai queria saber.

“Claro,” eu disse, olhando para o lugar onde as três pessoas que eu tinha visto-os dois loiros e o garoto de cabelos escuros - tinham estado pela última vez. Eles já tinham ido embora há muito tempo.

“Ótimo,” me pai disse, em uma voz sem um pingo de entusiasmo.

Você poderia dizer que ele estava esperando que eu dissesse não. Mas eu não poderia fazer isso. Não por que eu tinha finalmente me lembrado do quanto eu gosto de correr. Nem por que eu tinha tido um tempo bom com meu pai. Mas por que - ótimo, eu vou admitir - eu estava esperando que eu fosse ver aquele cara bonitinho - e seu sorriso - de novo.

Livro: Avalon High - Meg Cabot / Parte 1


Capítulo 1

E sob o luar o ceifeiro cansado
empilhando maços sobre a montanha aérea
escutando os suspiros
'Esta é a delicada Dama de Shalott.'

“Você tem tanta sorte.”

Espera que minha amiga Nancy para ver as coisas desse jeito. Nancy é o que você poderia chamar de otimista.

Não que eu seja pessimista, ou coisa assim. Eu sou apenas... Realista. Ao menos de acordo com Nancy. Aparentemente, eu também tenho sorte.

“Sorte?” eu ecoei no telefone. “De que jeito eu tenho sorte?”

“Oh, você sabe,” Nancy disse. “Você pode começar tudo de novo. Em uma nova escola. Onde ninguém realmente te conhece. Você pode ser o que você quiser. Você pode se transformar totalmente e não vai ter ninguém em volta para ficar ‘Quem você pensa que está enganado, Ellie Harrison? Eu me lembro quando você comeu cola na primeira série.”

“Eu nunca pensei na coisa desse modo,” eu disse. Porque eu não tinha mesmo. “De qualquer jeito, foi você quem comeu cola.”

“Você entendeu o que eu quis dizer.” Nancy suspirou. “Bem. Boa sorte. Com a escola e tudo mais.”

“Yeah,” eu disse, sentindo mesmo sobre as mil milhas de distância entre nós, que era hora de desligar. “Tchau.”

“Tchau,” Nancy disse. Então acrescentou, “Você tem tanta sorte.”

Realmente, até Nancy dizer isso, eu não tinha pensando que tinha qualquer sinal de sorte sobre a minha situação. Exceto talvez o fato de que há uma piscina nos fundos da minha nova casa. Nós nunca tivemos uma piscina. Antes, se Nancy e eu queríamos ir para a piscina, nós precisávamos subir nas nossas bicicletas e dirigir cinco milhas – a maior parte subida - até o parque Como.

Eu tenho que dizer, quando meus pais soltaram a bomba sobre o sabático, o fato de que eles acrescentaram rapidamente “E nós vamos alugar uma casa com piscina!” foi à única coisa que me impediu o vômito que começou a subir pela minha garganta. Se você é filho de professores, sabático é provavelmente a palavra mais suja de seu vocabulário. A cada sete anos, a maioria dos professores arranjam um – basicamente umas férias que dura por um ano, para que eles possam se recarregaram e publicar um livro.

Professores amam sabáticos.

Seus filhos odeiam.

Porque quem gostaria realmente de sair e deixar todos os seus amigos, fazer novos amigos em uma escola nova e só ficar pensando “Okay, isso não é tão ruim,” só para Ter que sair novamente um ano depois e voltar para o lugar que você saiu?

Não. Não se você for sã, de qualquer jeito.

Ao menos este sabático não é tão ruim quando o último, que foi na Alemanha. Não que há nada de errado com a Alemanha. Eu ainda troco e-mails com Anne-Katrin, a garota com quem eu dividia uma mesa na estranha escola alemã que eu fui.

Mas vamos lá. Eu tive que aprender toda uma linguagem diferente!

Ao menos este aqui ainda era na América. E okay, nós estávamos fora de Washington, DC, o que não é como resto da América. Mas todo mundo aqui fala inglês. Até agora. E tem uma piscina.

Ter sua própria piscina acabou se tornando uma grande responsabilidade. Quer dizer, toda manhã você tem que checar os filtros e ter certeza que eles não estão bloqueados com folhas ou morto moles. Sempre tinha um sapo ou dois nela. Normalmente, se eu chego lá cedo o suficiente, eles ainda estão vivos. Então eu tenho que conduzir uma operação de resgate ao sapo.

O único jeito de resgatar os sapos é entrar na água para tirar a cesta do filtro para fora, então você acaba tocando todo tipo de coisa nojenta que flutua ali, como besouros mortos e, algumas vezes, ratos afogados. Uma vez tinha uma cobra. Ainda estava viva. Eu realmente não toco nada que seja capaz de lançar veneno que paralisa nas minhas veias, então eu gritei para os meus pais que tinha uma cobra na cesta do filtro.

Meu pai foi aquele quem berrou de volta, “E daí? O que você quer que eu faça a respeito?”

“Tira ela daí,” eu disse.

“De jeito nenhum,” meu pai disse. “Eu não vou tocar em cobra nenhuma.”

Meus pais não são como os outros pais. Por uma coisa, os pais das outras pessoas deixam a casa para ir trabalhar. Alguns estão fora quarenta e cinco horas em uma semana, eu ouvi.

Não os meus. Os meus estão em casa o tempo todo. Eles nunca saem! Eles estão sempre em seus escritórios-em-casa, escrevendo ou lendo. Praticamente o único horário que eles saem de seus escritórios é para assistir Jeopardy! (programa de perguntas e repostas) e então eles gritam as respostas um para o outro.

Os pais de mais ninguém que eu conheça sabe todas as respostas de Jeopardy! Ou as gritam se eles sabem. Eu sei, estive na casa de Nancy e vi a evidência por mim mesma. Seus pais assistem Entertainment Tonight depois do jantar, como pessoas normais.

Eu não sei nenhuma das respostas de Jeopardy! É por isso que eu meio que odeio esse programa.

Meu pai cresceu no Bronx, onde não há nenhuma cobra. Ele odeia completamente a natureza. Ele totalmente ignora nosso gato, Tig. O que é claro significa que Tig o adora.

E se meu pai vê uma aranha, ele grita como uma garota. Então minha mãe, que cresceu numa fazenda em Montana e não tem paciência nenhuma por aranha ou pelos gritos do meu pai, vai entrar e matar a aranha, a despeito de todas as vezes que eu disse que aranhas são extremamente beneficiais para o meio ambiente.

É claro, eu sou esperta o suficiente para não contar a minha mãe sobre a cobra no filtro da piscina, porque ela teria simplesmente ido e arrancado sua cabeça na minha frente, no final, eu achei um galho solto, e a puxei para fora desse jeito. Eu a deixei ir no pequeno bosque que fica atrás da casa que estamos alugando. Mesmo que a cobra não tenha sido uma daquelas assustadoras quando eu criei coragem de salvá-la, eu espero que ela não volte.

Tem outras coisas que você tem que fazer se você tem a sua própria piscina, além de limpar a cesta do filtro. Você tem que limpar o chão da piscina – isto é meio que divertido- e você têm que estar na água o tempo todo, por cloro e pH. Eu gosto de estar na água. Eu faço algumas vezes ao dia. Você põe a água nesses pequenos tubos para teste e então acrescenta algumas gotas dessa coisa, e tenão se a cor da água no tubo teste se tornar esquisita , você derruba algum pó na cesta do filtro. É parecido com química, só que melhor, porque quando você termina, ao invés de uma bagunça com um cheiro ruim como eu sempre terminava na aula de química do ano passado, você consegue uma água linda azul e transparente.

Eu passei a maior parte do verão em Annapolis mexendo com a piscina. Eu digo “mexendo”. Meu irmão Geoff – ele foi embora para o primeiro ano de faculdade na Segunda semana de agosto – diz de uma maneira diferente. Ele fala que eu estava “agindo como uma lunática.”

“Ellie,” ele disse para mim mais vezes do que eu posso contar, “relaxa. Você não precisa ficar fazendo essas coisas. Nós temos um contrato com uma companhia de piscina. Ele vem toda semana. Deixe eles fazerem isso.”

Mas o cara da piscina não se importa realmente com a piscina. Quer dizer, ele está fazendo isso só pelo dinheiro. Ele não vê a beleza da coisa, eu tenho certeza.

Mas eu acho que entendo de onde Geoff tirou aquilo. Quer dizer, a piscina meio que começou a ocupar uma grande quantidade do meu tempo. Quando eu não estava limpando, eu estava flutuando no topo da água, em um desses botes infláveis que eu fiz minha mãe e pai comprarem para nós na Wawa. Este é o nome da estação de gás aqui em Maryland. Wawas. Eles não têm nenhum Wawas na minha casa em Minnesota. Só tem coisas como Mobils ou Exxons.

De qualquer jeito, nós enchemos o bote no Wawas mesmo, com aquele ar que as pessoas deveriam usar para encher os pneus, mesmo que você não devesse usá-lo para encher botes. Diz isso no próprio bote.

Mas quando Geoff apontou essa informação para o nosso pai, ele só disse “Quem se importa?” e os encheu do mesmo jeito.

E nada de ruim aconteceu.

Eu tentei manter a mesma rotina durante todo o verão. Todo dia eu acordava e colocava meu biquíni. Então eu agarrava uma barra de cereal e ia para a piscina para checar as cestas dos filtros por sapos ou o que seja. Então quando a piscina estava limpa, eu pegava um dos botes com um livro e começava a flutuar.

Na época que Geoff foi para a escola, eu estava tão boa em flutuar que eu podia fazer sem nem mesmo molhar meu cabelo ou coisa assim. Eu podia ficar ali toda a manhã sem parar, até minha mãe ou pai vir para o deck e dizer: “Almoço.”

Então eu entrava e mãe e pai e eu comeríamos sanduíche de creme de amendoim e geleia, se fosse o meu dia de cozinhar, ou carne de Red Hot and Blue que ficava mais para baixo da rua, se fosse a vez dos meus pais, em conta dos dois estarem muito ocupados escrevendo livros para cozinhar.

Então eu voltava para a piscina até minha mãe ou pai sair e dizer “Jantar.”

Eu não acho que esse seja um jeito tão ruim de passar as últimas semanas de verão.

Mas minha mãe achou.

Eu não sei por que ela tem que fazer assunto dela, o jeito como eu passo o meu tempo. Quer dizer, ela é a pessoa que deixou meu pai nos arrastar para cá em primeiro lugar, por causa do livro que ele está pesquisando. Ela poderia ter escrito o seu próprio livro – na minha xará, Elaine de Astolat, a Dama de Shalott – em nossa casa em St. Paul.

Ah, é. Esta é outra coisa sobre ter professores como pais: eles te nomeiam sobre autores totalmente aleatórios – como pobre Geoff, esse nome por causa de Geoffrey Chaucer – os personagens de literatura, como a Dama de Shalott, ou Lady Elaine, que se matou porque Sir Lancelot gostava mais da Rainha Guinevere- você sabe, aquela que Keira Knightley interpretou no filme do Rei Arthur- do que gostava dela.

Eu não me importo como o poema sobre ela é bonito. Não é exatamente legal ter um nome por causa de alguém que se matou por causa de um garoto. Eu mencionei isso várias vezes para os meus pais, mas eles ainda não entenderam.

A coisa do nome não é a única coisa que eles não entende, também.

“Você não quer ir ao shopping?” minha mãe começou a me perguntar todos os dias, antes que eu conseguisse escapar para a piscina. “Não quer ir ao cinema?”

Mas agora que Geoff tinha ido para a faculdade, eu não tinha ninguém para ir ao shopping ou no cinema comigo - ninguém com exceção dos meus pais. E de jeito nenhum eu iria com eles. Já estive lá, já fiz isso.

Nada como ir ao cinema com duas pessoas que precisavam dissecar cada detalhe do filme em relação à vida. Quer dizer, é um filme do Vin Diesel, okay? O que eles esperavam?

“A escola vai começar logo,” eu disse para a minha mãe. “Porque eu não posso flutuar até lá?”

“Porque não é normal,” minha mãe respondeu, quando eu perguntei isto para ela.

Eu retruquei, “Oh, e você sabe o que é ser normal,” porque, vamos encarar, ela e meu pai são dois estranhos.

Mas ela nem mesmo ficou irritada. Ela só balançou a cabeça e disse, “Eu sei qual é o comportamento normal para adolescentes. O flutuar naquela piscina sozinha não é.”

Eu pensei que isso fosse desnecessariamente severo. Não tem nada errado em flutuar. É, na verdade, muito divertido. Você pode deitar lá e ler, ou, se o seu livro fica monótono ou você o termina e está com muita preguiça para buscar ou novo ou o que seja, você pode observar a maneira que a luz do sol reflete na água e nas costas das folhas e árvores sobre você. E você pode ouvir os pássaros a distância, o barulho da prática de tiros na Academia Naval.

Nós os vemos algumas vezes. Os aspirantes, quer dizer, os “aspirantes da marinha” como eles preferem ser chamados, os estudantes. Em seus uniformes brancos sem nenhuma mancha, caminhando em pares para a cidade, sempre que meus pais e eu vamos comprar um novo livro para eu ler ou café para eles na Hard Gean Coffe e Booksellers. Meu pai aponta e diz, “Olha, Ellie. Marinheiros.”

O que não é tão estranho, realmente. Eu acho que ele estava tentando algum tipo de conversa de menina. Você sabe, porque eu não consigo nada disso da minha mãe, a matadora de aranhas.

Eu acho que eu devo pensar que os marinheiros são fofos, ou algo assim. Mas eu não ia falar com o meu pai sobre garotos. Quer dizer, eu aprecio o esforço, e tudo, mas de um jeito que era quase tão ruim quanto à coisa da minha mãe ‘Porque você não me deixa te levar para o shopping?”

E não é como se meu pai passasse seus dias fazendo algo tão excitante. O livro que ele está escrevendo é ainda pior do que o da mãe, no termômetro do tédio. Porque o dele é sobre uma espada. Uma espada! E nem mesmo é uma espada bonita, com jóias ou ouro ou coisas assim. É toda velha e tem e tem esses pedaços enferrujados e não vale nada. Eu sei por que a National Gallery em D.C deixou meu pai trazê-la para casa para que ele pudesse estudá-la mais de perto. Este é o porquê de nossa mudança para cá... para que ele pudesse olhar de mais perto para sua espada. Está guardada em seu escritório – ou melhor, o escritório da casa do professor que nós estamos alugando enquanto ele está na Inglaterra em seu próprio sabático, provavelmente estudando algo ainda mais inútil do que a espada do meu pai.

Museus deixam você emprestar coisas e as trazerem para casa se é de interesse acadêmico (em outras palavras, não vale nada) e se você é um professor.

Eu não sei por que meus pais tiveram que escolher idade média como seu campo de estudo. É a era mais chata de todas, com a possível exceção da pré-história. Eu sei que sou a minoria em pensar isto, mas isto é porque a maior parte das pessoas tem essa idéia toda confusa de como as coisas eram na idade média. A maior parte das pessoas pensam que é igual ao que vêem em filmes ou TV. Você sabe, mulheres flutuando em chapéus pontudos e vestidos lindos dizendo “vós” e “tu” e cavalheiros correndo para salvar o dia.

Mas quando os seus pais são estudantes da era medieval, você aprende desde cedo que as coisas não são bem assim. A verdade é que todo mundo na Idade Média tinha um horrível cheiro e não tinham dentes e morriam de velhice na idade de, digamos, vinte anos, e as mulheres eram oprimidas e tinham que casar com pessoas que não gostavam e todo mundo colocava a culpa nelas por cada coisinha que saía errada.

Quer dizer, olhe para Guinevere. Todo mundo pensa que é sua culpa que Camelot não existe mais.

Eu não tenho tanta certeza.

Exceto que eu descobri quando era mais nova de que compartilhar esse tipo de informação pode fazer você meio que impopular nas festas de aniversário da Bela Adormecida. Ou no restaurante Medieval Times. Os durante os jogos de Dungeons e Dragons.

Mas o que eu deveria fazer, permanecer em silêncio? Eu realmente não consigo fazer isso. Como se eu fosse mesmo ficar lá e dizer, “Aham, as coisas eram realmente ótimas naquele tempo eu gostaria de encontrar um portal do tempo e voltar para o ano 900 e visitar e pegar piolho e ficar com o meu cabelo todo embaraçado, já que não tinha condicionador, e oh, falando nisso, se você pegar infecção de garganta ou bronquite, você morre porque não tinha nenhum antibiótico.”

Um, não. Como conseqüência, eu não estou no topo da lista de ninguém quando é tempo de mandar convites para uma Feira Renascentista.

Mas que seja. Eu acabei entrando em um acordo com a minha mãe no final. Não sobre o shopping. Sobre correr com o meu pai.

Eu não queria ir ou nada assim.

Mas é uma coisa diferente do que ir para o shopping ou para o cinema. Quer dizer, exercício é algo que supostamente é muito bom para homens de meia idade, e meu pai não faz nenhum exercício há muito tempo. Eu tinha ganhado a corrida de duzentos metros entre as mulheres do distrito em casa no último maio, mas meu pai não tinha feito nenhum exercício desde sua avaliação física anual, que foi no ano passado, quando o médico disse para ele que ele deveria perder cinco quilos. Então ele foi à academia com a minha mãe duas vezes, então desistiu, porque ele disse que toda a testosterona na academia faz com que ele fique louco.

Minha mãe foi aquela que ficou toda, “Se você o fizer corre, Ellie, eu saio de cima de você sobre a coisa de flutuar.”.

O que fez com que eu decidisse. Bom, isso e o fato de que daria ao meu pai uma chance de melhorar seu coração - algo que eu sei pelo que eles sempre dizem no jornal que as pessoas velhas precisam.

Como uma boa acadêmica, minha mãe fez sua pesquisa. Ela nos mandou para um parque há cerca de duas milhas da casa que estamos alugando. Era um parque muito chique que tinha tudo: quadra de tênis, quadra de beisebol, lacrosse campo, banheiros públicos e limpos, duas pistas para cachorro – uma para grandes e outras para pequenos – e, é claro, uma pista de corrida. Nenhuma piscina, como lá em casa em Parque Como, mas eu acho que as pessoas em nossa nova vizinhança não precisam de uma piscina comunitária. Cada uma tem sua própria piscina nos fundos.

Eu saí do carro e fiz um pouco de alongamento enquanto eu assistia meu pai a se preparar para a sua corrida. Ele tinha tirado seus óculos - ele é cego como um morcego sem eles. Na verdade, na idade média, ele provavelmente teria morrido na idade de três ou quatro por despencar de um poço ou qualquer coisa assim. Eu herdei a visão perfeita da minha mãe, então provavelmente teria vivido um pouco mais – e colocado um desses óculos de aros grossos de plástico que tem uma tira de elástico que ele pode pressionar atrás de sua cabeça para impedir que saia do lugar enquanto ele corre. Minha mãe chama isso de Correia Pateta.

“Esta é uma boa pista de corrida,” meu pai estava dizendo enquanto ajustava sua Correia Pateta. Diferente de mim, que passei horas na piscina, meu pai não era nem um pouco bronzeado. Suas pernas são da cor de papel, só que com cabelo. “É exatamente uma milha por volta. Passa por algumas árvores – um tipo de bosque – por ali. Está vendo? Então é todo sobre o calor do sol. Tem alguma sombra.”

Eu coloquei os meus fones de ouvido. Eu não consigo correr sem música, exceto durante competições, quando eles não te deixam fazer isso. Eu acho que rap é ideal para corridas. Quanto mais irritado o rapper, melhor. Eminem é ideal para se ouvir enquanto corre porque ele é tão irritado com todo mundo. Exceto com sua filha.

“Duas voltas?” eu perguntei para o meu pai.

“Claro,” ele disse.

Então eu liguei o meu iPod – eu o prendi em um elástico, o que é diferente de uma Correia Pateta- e comecei a correr.

Foi difícil no começo. É bem mais úmido em Maryland do que é lá em casa, eu acho que por causa do mar. O ar é realmente mais pesado. É como correr por entre sopa.

Mas depois de um tempo minhas articulações pareceram se soltar. Eu comecei a me lembrar quanto eu gostava de correr em casa. É difícil e tudo. Não me entenda mal. Mas eu gosto de como as minhas pernas parecem fortes e poderosas enquanto eu corro... Como se eu pudesse fazer qualquer coisa. Qualquer coisa mesmo.

Não tinha quase ninguém na trilha – só velhas senhoras, na maioria, caminhando com seus cachorros - mas eu passei direto por elas, as deixando em meu curso. Eu não sorri enquanto passei correndo. Onde eu morava todo mundo sorria para estranhos. Aqui, o único jeito das pessoas sorrirem para você é se você sorrir primeiro. Não demorou muito tempo para os meus pais perceberem isso. Agora eles me fazer sorrir – e até mesmo acenar - para todo mundo que passa por nós. Especialmente nossos novos vizinhos, quando eles estão em seus jardins cortando suas gramas ou o que seja. Imagem, minha mãe chama isso. É importante manter uma boa imagem, ela diz. Então as pessoas não vão pensar que nós somos esnobes.

Exceto que eu não tenho tanta certeza se realmente me importo o que as pessoas por aqui pensam sobre mim.

A pista de corrida começou como uma trajetória normal, com grama curta dos lados dela, avançando entre a quadra de beisebol e o campo de lacrosse, então virando pelas pistas de cachorro e em volta do estacionamento

Então ela deixava a grama para trás e desaparecia em uma floresta densa. É, uma floresta de verdade, bem no meio de lugar nenhum, com uma placa marrom discreta que dizia BEM VINDOS AO ARVOREDO ANNE ARUNDEL COUNTY do lado do caminho.

Eu estava um pouco espantada, enquanto corria pela placa, sobre a altura que a grama dos lados da trilha alcançou. Entrando na escuridão profunda do arvoredo, eu notei que as folhas das árvores eram são densas que dificilmente alguma luz do sol conseguia passar.

Mesmo, a vegetação dos meus lados era tão viçosa. Eu tenho certeza que tinha uma tonelada de hera venenosa ali, também... Algo que, se você pegar muito na idade média, podia muito bem ter te matado, já que não havia nenhuma cortisona.

Você mal podia ver um metro além da pista, as amoreiras silvestres e as árvores estão tão próximas. Eram pelo menos dez graus mais frio no arvoredo do que no resto da pista. A sombra acabou com o suor que estava pingando da minha cabeça e peito. Era difícil de acreditar, correndo pela aquela floresta, que eu ainda estava perto da civilização. Mas quando eu tirei meus fones para ouvir, eu pude ouvir carros na avenida atrás das árvores.

O que foi um pouco de alívio. Você sabe, eu não tinha acidentalmente ficado perdida no Jurassic Parque.

Eu coloquei meus fones de ouvido de volta e continuei indo. Eu estava com muitas dificuladades de respirar agora, mas eu ainda me sentia bem. Eu não podia ouvir os meus pés na trilha-eu só podia ouvir a música em meus ouvidos, mas me pareceu por um momento que eu era a única pessoa nesse bosque... Talvez a única pessoa em todo o mundo...

O que era ridículo já que eu sabia que o meu pai não estava tão atrás de mim assim, provavelmente não andando muito mais rápido que as senhoras fazendo caminhada, mas mesmo assim atrás de mim.

Ainda assim, eu tinha visto muitos filmes na TV em que a heroína estava correndo inocentemente e por alguma razão um psicopata aparecia de repente atrás de um arbusto, assim como aqueles de cada um dos meus lados, e a atacava. Eu não ía correr nenhum risco. Quem sabe com que tipo de loucos nós estamos lidando? Quero dizer, era Annapolis, lar da Academia Naval Norte-Americana, e dificilmente uma área conhecida por criminosos violentos que se escondem em arbustos.

Mas nunca se sabe.

Era uma boa coisa que as minhas pernas fossem tão fortes. Se alguém realmente pulasse em cima de mim vindo de trás das árvores, eu estava bastante confiante de que eu podeira lhe dar um belo chute na cara e continuar correndo dele até que a ajuda chegasse.

E foi bem quando eu estava pensando nisso que eu o vi.




Espero que estejam gostando. Amanhã posto o 2º Capítulo.